O Programa de Apoio a Pessoas com Deficiência arrancou em dezembro do ano passado. Entre janeiro e abril, a GNR detetou 447 deficientes "em situação de vulnerabilidade".

Em apenas 4 meses a GNR encontrou perto de 450 pessoas com deficiência que vivem sozinhas, sem nenhum apoio próximo.

Ana Sesudo, presidente da Associação Portuguesa de Deficientes (APD) diz que ninguém pode ficar surpreendido com este número porque não há estudos; " Em Portugal temos muito poucos dados sobre a deficiência. Há muito tempo que a APD pede um estudo real. Por isso não consigo ficar nem muito nem pouco surpreendida".

O encerramento de serviços no interior do país, é, diz Ana Sesudo, mais um motivo de preocupação. " Os encerramentos de centros de saúde, encerramentos de juntas de freguesias e transportes públicos muito escassos são situações que nos preocupam muito".

Dos 447 casos de pessoas com deficiência que a GNR encontrou em situação de vulnerabilidade, 46 foram encaminhados para as respetivas juntas de freguesia e câmaras municipais e 91 passaram a integrar o Programa Residência Segura da Guarda Nacional Republicana.

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